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STF solicita explicações ao governo do Pará sobre leilão da Cosanpa, após pedido da Assemae

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STF solicita explicações ao governo do Pará sobre leilão da Cosanpa, após pedido da Assemae
STF solicita explicações ao governo do Pará sobre leilão da Cosanpa, após pedido da Assemae (Foto: Reprodução)

STF solicita explicações ao governo do Pará sobre leilão da Cosanpa, após pedido da Assemae.


A Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 7 de abril, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7800, que contesta a titularidade dos serviços de água e esgoto no Pará. A ação busca garantir que os municípios mantenham o poder de decisão sobre o saneamento básico, hoje sob risco de centralização estadual e federal.


A entidade afirma que a legislação atual retira dos municípios o controle sobre o planejamento e a execução das políticas públicas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, violando o pacto federativo e comprometendo a qualidade dos serviços prestados à população.


A ADI também pede a declaração de inconstitucionalidade de normas que, segundo a Assemae, impõem novas regras que enfraquecem o modelo de governança municipal e abrem caminho para a privatização do setor, o que pode dificultar o acesso universal ao saneamento.

A ministra Cármen Lúcia é a relatora do caso e solicitou, em despacho recente, que o Governo do Pará e a Assembleia Legislativa do Estado (Alepa) prestem esclarecimentos sobre o edital da concessão em até cinco dias. O governo ainda não foi notificado oficialmente.


Leilão bilionário


A ação da Assemae ocorre em meio ao processo de concessão dos serviços de saneamento no Pará. Na última sexta-feira (11), a empresa Aegea Saneamento venceu o leilão realizado na B3, em São Paulo, com investimento de R$ 1,4 bilhão. Três dos quatro blocos ofertados foram arrematados, cobrindo 99 municípios, incluindo Belém, Ananindeua e Marituba.


Confira os valores por bloco:


Bloco A (região metropolitana e Marajó): R$ 140,9 milhões

Bloco B (Nordeste do Pará): R$ 117,8 milhões

Bloco D (Sul e Sudeste do Pará): R$ 1,168 bilhão

Bloco C (região Oeste): não recebeu propostas e será reformulado

O contrato prevê a universalização da água até 2033 e 90% de cobertura de esgoto até 2039, com previsão de investimento total de R$ 20 bilhões. A Aegea tem 120 dias para assinar o contrato e iniciar as operações, que serão feitas em parceria com a Cosanpa.


O CN pediu esclarecimentos ao governo do Pará e à Alepa e aguarda retorno.

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